domingo, 26 de fevereiro de 2012

São José dos Ausentes

Carnaval de fevereiro de 2012


Comecei a viajar por ai e me esqueci que não conhecia uns pedacinhos do meu Rio Grande querido. Então, que fazer? Sair por aqui também. E, nossa! A descoberta é linda, vale a pena. No caso, só um pedaço dos “Campos de Cima da Serra”. Aliás, esse nome já é bonito, - “Campos de Cima” – somado à “Ausentes” e tudo vira magia.
Foram quatro dias, entre o tempo da viagem de ida e de volta, de perder o fôlego. Não só porque as caminhadas em alguns momentos eram puxadas ou porque as travessias eram algo a superar – puxa, água e pedra! Desde os tempos de adolescente, em São Lourenço, às margens da Lagoa dos Patos, onde cortei meu pé direito quase em dois, que eu não enfrentava essa dupla: água e pedra. E consegui!!!
Outro lado interessante da viagem foi exatamente este – o humano. Cada pessoa mais linda, nossa. É claro que lá pelo meio tinha “o que se achava”, “o chato”, “o egoísta”, mas os demais todos, em sua esmagadora maioria eram pessoas com histórias fantásticas e foi um prazer conviver com seres humanos tão especiais. Isso sem falar da comidinha caseira, do silêncio a beira de uma cachoeira, da beleza ...

o nascer de um copo de leite...
no caminho tinha uma moto
Almoço em Tainhas
Gente da terra
rio

pousada


pousada




entardecer


vista da estrada


caminhantes


Eu e Monte Negro


Canion


rio


Cachoeirão dos Rodrigues


Cachoeirão dos Rodrigues - outro ângulo



" Desde 1727, os jesuítas, juntamente com os índios Tape (guarani) levantaram uma cruz para registrar o domínio na Vacaria dos Pinhais. Quando faleceram os grandes posseiros destas terras, foram os campos arrematados, em "Juizo de Ausentes", pelo capitão Antônio da Costa Ribeiro, no ano de 1764.
Proprietário da fazenda São Gonzalo, Riberiro, entre aparados da Serra Geral e as nascentes do rio das Antas, quando faleceu e sem ter descendentes, foram novamente os mesmos campos colocados em "praça dos ausentes" e arrematados em 1787 pelo padre Bernardo Lopes da Silva, o tenente José Pereira da Silva e Manoel José Leão, que repassam em 1789 ao povoador Antônio Manoel Velho que a denominou Fazenda Santo Antônio dos Ausentes.
As três sesmarias conhecidas como dos Ausentes na medição e demarcação somaram a área, passando de dez sesmarias, que só foram subdivididas a partir de 1874, data de falecimento de Ignácio Manoel Velho, um dos herdeiros que manteve a área intacta, o que mais tarde unida a outras, se tornaria o município São José dos Ausentes.
Uma das versões é de que poucas pessoas ficavam morando neste local por muito tempo, devido as péssimas condições climáticas, o frio era tanto que a cidade freqüentemente tinha seu povo ausente. A origem do nome do município "São José" pelo padroeiro do lugar.
Recanto onde estão as mais altas nascentes de águas claras nos aproximados 70 quilômetros de paredão (muralhas) da serra geral, os capões que guardam segredos, as araucárias topetudas e a vegetação da quina dos peraus barbados de musgos multicoloridos formam cartões postais.
A Fazenda dos Ausentes foi o maior latifúndio do Estado, abrangendo uma área de mais de mil quilômetros quadrados.
Do primeiro caminho de tropeiros que cruzavam os Campos de Cima da Serra e da passagem de alguns Jesuítas que fugiam das Missões ficaram vestígios nos colossais mangueirões de pedra. Hoje são museus de pedra ao ar livre e estão entre as construções mais antigas do Estado.
São José dos Ausentes está situada no extremo nordeste do Rio Grande do Sul, separada de Santa Catarina pelas muralhas e contrafortes dos Aparados da Serra, sendo o Pico do Monte Negro, com seus 1403 metros de altitude, o ponto mais alto do Estado.
A viração da costa ou cerração é fenômeno quase diário da cidade, sendo que, na riqueza de seu manancial hídrico, brotam as nascentes do Rio das Contas e do Rio das Antas, afluentes na formação das bacias do Guaíba e Uruguai.
Emancipado em 1992, o município de São José dos Ausentes é considerado um postal dos Campos de Cima da Serra, abrigando as mais altas nascentes de águas claras do Estado. Aproximados 100km de paredões (muralhas) da Serra Geral, os capões que guardam segredos, as araucárias topetudas e a vegetação da quina dos peraus barbados de musgos multicoloridos formam a paisagem local.
As taipas levantadas por antigos sesmeiros das vetustas mangueiras de pedras e divisas de fazendas bordadas de musgos brancos, e as tronqueiras e palanques crinudos de musgos amarelo acinzentados, cernes das mais nobres madeiras da variada vegetação serrana, compõem um poema vivo à espera de um recitador."

com a chuva, nos refugiamos noutrs pousada


nossa pousada


Eu e os Campos de Cima da Serra


travessia de rio com parcerias


meus tênis nem tão novos assim


viração ou cerração


desnivel dos rios




Cachoeira Dez


A natureza é perfeita


rios e mais rios

3 comentários:

  1. Ê vida marvada, não dá pra fazê nada...Prefiro o carnaval. Besos de Don Limones.

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  2. Excelente Carnaval, com uma vista espetacular.
    Até me empolguei prá fazer aquele cursinho de fotografia digital... ;-p
    Adorei te conhecer, guria!
    bjs

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  3. Belezura isto tudo, Malú! Belíssima esta tua andança pelos campos. Tanta coisa prá se ver por aqui...Tão perto e tão longe...

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