E a partir daí foram só surpresas. Pensávamos que esta cidade seria apenas um local de pulo do continente para Galápagos. Pelo que vimos a maioria dos turistas faz isso mesmo ou até mesmo nem chega aqui. Vai de Quito para o arquipélago. Mas o que nos esperava era bem melhor. Não melhor que Quito e Cuenca, mas diferente.
A viagem duraria em torno de três horas. Ainda em Cuenca, andamos por uma parte residencial da cidade, bem diferente do centro histórico. Novamente muitas crianças com seus diferentes uniformes.
Cuenca fica a 2.613 metros nos Andes e Guayaquil, 8 metros e localiza-se na Costa.
É uma pequena grande diferença. Muda tudo, a vegetação, o clima, sem falar, é claro, no relevo. Só que para ir de mais de 2 mil metros para menos que 10 metros foi necessário fazer umas voltinhas neste relevo tão diverso.
Passamos pelo Parque Nacional Cajás de 28 mil hectares. A estrada atravessa lateralmente o parque e, portanto é necessário comprar ingresso para passar por ele. E mais, temos apenas 30 minutos porque caso contrário caracteriza permanência no parque. Javier nos conta que o local está povoado por alguns animais da região, como o veado, onça parda, coelhos, jaguatirica, alpacas, lhamas, diversos pássaros, umas 152 espécies, como condor andino, pato, guacamaias que são papagaios, beija-flor, tucano, gaivota.
O parque leva o seu nome da palavra quíchua "caxas", significando "frio". Outra versão de seu nome é a aparência produzida pelo tipo de formação geológica, que é "caixas" onde estão as lacunas (lagos). Aqui se originam vários rios como o Tomebamba que flui através do vale da cidade de Cuenca.
Estacionamos no Paradouro que se chama “Três Cruzes”, ponto mais alto do parque, tiramos fotos e sentimos a altitude: 4.167 metros e uma vista panorâmica. No século XIX foram encontrados três corpos congelados neste lugar. Enterraram e colocaram as cruzes.
Em todo o momento encontramos trabalhadores em capas amarelas fazendo reparos devido a deslizamentos ou acumulo de galhos que impedem o escoamento da água da chuva. .Algumas destas pedras tinham mais ou menos o meu tamanho, 1m69! Vimos pequenas cachoeiras se formando nas encostas, mas não há poças, as enormes canaletas que circundam a estrada somada a limpeza, dá conta do recado. Mas que dá medo, dá!
Passamos pelo “Mirador de Los Ande”s e não vimos nada. Aliás, a cerração estava lindíssima. Não era possível ver um palmo na frente do nariz. Javier nos diz que não é normal a cerração estar tão fechada nesta época e que talvez levemos mais que três horas de viagem. Ainda bem que não estamos no Expresso Sucre!
Mas assim que começamos a chegar nas planícies o exuberante verde retorna em todas suas tonalidades. Vemos plantações de banana e cacau, milho e arroz que tomam conta dos campos. No horizonte, campos e pequenas montanhas, típicas da região da costa. Os Andes ficou para traz.
Na entrada de Guayaqui pela parte norte da cidade passamos por duas enormes pontes sobre o rio Guayas que se abre como um leque sobre a região.
Mesmo não tendo mais as características das cidades históricas, os prédios conservam as colunas na parte térrea, agora não mais sustentando os grandes balcões, mas sim o restante dos edifícios.
Guayaquil
Guayaquil é a cidade mais populosa do Equador, e também o principal porto do país. Situa-se na margem do rio de Guayas, que desemboca no golfo de Guayaquil, no Oceano Pacífico.
Durante a época da colônia Guayaquil ocupou um lugar muito importante. O comércio e a navegação foram a sustentação da economia. Seu porto era e é fundamental para o Equador.
Em 1896, ocorreu o maior incêndio da história de Guayaquil, conhecido por isto como o "Grande Incêndio". Aproximadamente, a metade da cidade de então se queimou, além deste, outros incêndios também ocorreram em épocas diferentes. Um dos museus é exatamente o “Museo del Bombero”.
Ficamos no Man-Ging Hotel Galeria, na Av 9 de Outubro, além de ser a data de independência do país, que foi em 1820, também é a avenida principal ligando o Malecón 2000 (antigo Malecon Simon Bolivar) ao Malecon del Estero Salado, dois parques da maior importância para a cidade, ambos a beira do rio Guayas, um ao sul, outro ao norte.
O hotel conta com obras dos principais artistas equatorianos e muitos seguranças vestidos de terno preto, todos com fones de ouvido. Até parece 007 em ação. É bem engraçado sair de uma realidade cultural tradicional para esta daqui. Mas, da mesma forma que em qualquer lugar do Equador, a gentileza e a amabilidade imperam.
A primeira coisa que me chamou a atenção ao chegar nesta metrópole cosmopolita foi o prédio do Banco Central, em frente ao hotel, ele é demais.
Os dois Malecons são limpíssimos, a todo o momento funcionários uniformizados estão limpando e lavando, muitos guardas que funcionam não somente como policiais mas também como auxiliares com informações sobre qualquer assunto relacionado com a cidade. São cercados, com jardins, fontes, restaurantes, bares, praças de alimentação, banheiros, garagem, lagos e brinquedos para as crianças – aliás, a infância por aqui é muito bem cuidada e educada –, e o melhor: são gratuitos.
No centro do Malecon 2000, na praça que chamam de “La Rotonda”, encontramos as estátuas do venezuelano Simón Bolívar e do argentino José de San Martín, simbolizando o encontro secreto realizado por esses dois heróis da independência da América do Sul, na Guayaquil de 1822, que resultou no acordo que gerou a Gran Colômbia, unindo na mesma bandeira Venezuela, Colômbia e Equador.
• A cidade conta com muitos museus antropológicos, etnológicos e históricos, isso sem falar dos de arte contemporânea. Os museus contam com uma maneira toda especial de expor os objetos e maquetes. São muito bonitos e contam a história de todo Equador. Vimos também as cabeças reduzidas e estátuas enormes de cerâmica, entre tantas coisas belas.
• Guayaquil tem também a “zona franca” que dá medo até de passar por perto, um camelódromo tem mais espaço e segurança. Isso sem falar que não se sabe exatamente de onde vem e se não é falsificado o produto.
• Passeio de barco, com direito a tripulação estar vestida de piratas.
Se olvidó de lo restaurante 24hs, Las Canoas, y tambiém del fantastico desayuno del hotel.
ResponderExcluirDon Limones, siempre a la ordem
hahaha! Tu aí pisando no cocô de iguana e n´s aqui em porto pisando na caca dos cachorrinhos de madamas... que diferença! Estou adorando a viagem! Queria saber mais do café da manhã do hotel... sabe como é, hehehehe! Beijão!
ResponderExcluir