segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Quito, Otavalo e Mitad del Mundo

Quito
Plaza Mayor - Quito





“Bienevidos a Quito
Altura 2.808 mts
Camine Despacio”
Cartaz no aeroporto de Qui
to




Quito é a capital deste pequeno país em extensão, mas de um povo com o coração enorme.

Algo que chama a atenção por aqui é a limpeza. E não é apenas no Centro Histórico. Quando chegamos pela madrugada, de um voo muito bom com a Aerogal, empresa afiliada da Taca (lembram?, continua a mesma, atendimento eca!), a cidade estava, literalmente sendo lavada. Eram trabalhadores uniformizados pra todo o lado. As paradas de ônibus do Metrobus estavam sendo lavadas e secadas.

Basura Não!!

Deveríamos fazer uma campanha assim em nosso imenso país. Com multa e tudo como mostra o cartaz de dentro do ônibus.




Outro aspecto que também é importante ressaltar são os uniformes. De policial e pessoal do exército perdemos a conta assim como dos colégios que vão desde o blazer, camisa, até japonas extremamente elegantes e as cores são as mais variadas. Isso sem falar das gravatas e das meninas que usam saias dos mais diversos modelos, mas não usam calças compridas, nem os meninos usam bermudas em seus uniformes.
Quito é elegante, moderno e tradicional. As pessoas são extremamente gentis e parece que o mundo não corre tanto como em outros lugares. Misturam-se homens e mulheres com ternos, gravatas e tailleurs com cidadãos indígenas com suas roupas típicas, saias, ponchos e chapéus de feltro. Vende-se de tudo nas ruas, até mesmo passadores de café. Ter os calçados em bom estado parece que é lei tendo em vista a quantidade de engraxates, incluindo-se ai as mulheres.
Praça de São Francisco

vendedora de loteria

engraxate
vendedora de saquinho para passar café

Este senhor aluga a balança por alguns centavos



Ficamos no Hotel Boutique Plaza Sucre, bem no Centro Histórico, na rua Sucre. A localização é importante pois assim é possível ir e vir quantas vezes for necessário, inclusive para descansar um pouco.
Fachada do Hotel
É claro que nem tudo são flores. O transporte aqui é o ponto fraco do Equador, não só em Quito mas em todo o país. Quanto aos ônibus, o problema é o mesmo em todo lugar, cheio. Os intermunicipais, oh! Falaremos disso depois. E os táxis? Eles até tem taxímetro mas escondem. A cada viagem tem que negociar e geralmente jogam o preço lá em cima. E é melhor negociar antes de entrar, senão deu pra ti.

Nos encontramos com Liz. Uma garota incrível que conheci no Hostel em Manaus quando estava com meu sobrinho João Pedro. Ela anotou seu email em minha caderneta, pra se algum dia fosse ao Equador... e eu fui! E o email era o mesmo.
A Liz bem que pode ser uma representante oficial dos quitenhos. Ela é encantadora e mesmo sem nos conhecer direito, foi até nosso hotel, deu dicas ótimas e nos levou pra passear. Inclusive aprendemos com ela a fazer as negociações nos táxis (sim, porque não é só com os turistas esta pegadinha).

Fomos a uma exposição ao ar livre na Av da Nações Unidas – Os Colibris. No Equador são mais de 130 espécies com suas cores vibrantes e aqui representados por diversos artistas. A exposição intitulada “Quito, jardín de quindes” quer dizer, em tradução de Malu: “Beija-flores do Jardim de Quito”
Eu e Liz
La Ronda é uma calle, uma rua cercada que nos velhos tempos protegia a cidade. Hoje, este local se transformou em algo marcante na noite quitenha. Bares e restaurantes típicos além de algumas lojas que insistem em continuar a existir através dos tempos. É o caso do “Armacén Humacatama” – que em quíchua significa “cabeza cubierta”. Este belo local pertence ao Dom Luís Lopes que faz parte da terceira geração familiar de confeccionista de “sombreros”que conserva e usa os moldes que seus avós utilizaram para confecção de chapéus.
Armacén HumacatamaDom Luís
La Ronda

Otavalo
Após um bom café da manhã e uma bela negociação de táxi, fomos para o Terminal de ônibus Norte.
Quito é uma cidade extensa, porém estreita devido ao relevo da região. Conta com um Terminal Sul – “Quitumbe”, limpo e organizado - uma rodoviária na verdade, e, o Terminal Norte – “Carcelén” que mais parece um terminal de integração de ônibus. Ambos ficam nos extremos da cidade, muito longe. O aeroporto fica mais perto do centro.

Otavalo está ao norte do Equador, a pouco menos de 100 km da capital do país. Do Terminal Terrestre Carcelén, em Quito, pegamos um ônibus e levamos em torno de duas longas horas para percorrer o trecho norte da Panamericana até a cidade. Os ônibus trafegam com a porta aberta e um auxiliar vai “informando” a população o seu itinerário. No caso ouvia-se a cada “quase parada” Otavalo!, Otavalo! Então alguém subia, não antes de dar uns pulinhos na lateral do ônibus para se equiparar na corrida.
Lá, na Praza de los Ponchos fomos conhecer a feira de artesanato. Estávamos num dia de semana, mas nos sábados a feira se expande e toma conta de todas as ruelas da cidade, então se vende de tudo, além é claro, do artesanato. Assim como a Feira de Caruaru de Recife, aqui também é conhecida como a maior da América Latina.
Estrada Quito - Otavalo
Feira de Artesanato


negociar sempre!



As mulheres usam enormes colares e brincos dourados, saias pretas, retas e compridas, assim como um manto às costas. São muito baixos e todos usam trajes típicos. Adoram negociar. Nunca aceite o preço inicial pois ele invariavelmente cairá pela metade.


Até ganhei um presentinho...


As calçadas de Otovalo são todas com o mesmo padrão - são lindas



Mitad del Mundo
No século XVIII, no início da idade moderna, a Idade das Luzes, o século de estudo geográfico da Terra. Naquela época, um grupo de cientistas franceses se dedicaram a estudar e medir do nosso planeta. Em 1736 sua missão de determinar o arco do meridiano no hemisfério sul trouxe para Quito, Equador hoje, que deve o seu nome justamente para este fato.
A equipe de especialistas passou quase oito anos colocando seus marcadores de pequenas pirâmides ao longo da paisagem andina. Eles sofreram todos os tipos de adversidades, como os seus marcadores foram destruídos pelos nativos supersticiosos ou desapropriados para uso como materiais de construção. Em 1936, o Equador determinado através de medições efetuadas pela expedição francesa Geodésico foi finalmente identificado por um monumento.
Em latitude 0-0'-0 "na linha do equador, é o Monumento Equador grande praça pirâmide. Posicionado com os seus quatro monólitos em 1979, o monólito central é decorada com um mundo cercado por uma fita de prata representando Equador.
Fonte: http://www.quito.com.ec



Fomos novamente até o Terminal Terrestre Carcelén e pensamos que, desta vez, mereceríamos maior conforto. Pegamos um táxi até a cidadezinha que recebe o mesmo nome do monumento: Mitad del Mundo e, de lá, fomos ao Parque Santo Antônio.





É claro que tiramos todas as fotos obrigatórias em locais como esse. E quer saber? Dá uma sensação muito gostosa, vale a pena mesmo.



2 comentários:

  1. Muy lindas fotos. Su relato es tambiem precioso.
    Don Limones, a la ordem.

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  2. E aí, Malu, que saudade! Lindas fotos e tu de chapeuzinho tá uma graça! Mais uma viagem pro teu livro, né? (Sim, porque com tantos diários de viagem tem mais é que aproveitar, juntar tudo e fazer um belíssimo livro, unindo cultura, arte e costumes!)

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