Foz do Iguaçu
Cidade
acolhedora, quente, limpa.
Vim até aqui
conhecer as Cataratas do Iguaçu, que dizem, e são lindíssimas. Daí lembrei de
Itaipu. Depois lendo a respeito – e aqui uma crítica – existe apenas UM guia
sobre Foz, minúsculo, mas com algumas informações interessantes. Nesta cidade
tem uma comunidade muçulmana bem grande, assim como muitos budistas. E, além do
que li, vi também muitos orientais que, ao contrário de alguns povos, aprendem a língua do país que visitam . Cadeirantes e crianças em carrinhos nos passeios
nas cataratas, ou seja, a reorganização social, tanto na questão física quanto
na questão da educação dos filhos.
Então Foz do
Iguaçu não é só Cataratas. É Parque da Aves, um dos mais bonitos que já vi, é
saltar de paraquedas, é um triste Jardim Zoológico “Guarani” meio abandonado,
ao lado do terminal dos ônibus. É o ônibus alimentador que tínhamos que pegar
todos os dia até o Terminal, para ali trocar para outro ônibus. É a alegria do
povo nas ruas, o riso das bobagens que falávamos propositadamente.
Tudo isso
compõe uma viagem. Não é só ir ver e voltar. É trazer no coração tudo que vimos
e aprendemos e pessoas que conhecemos.
Levei um
livro que descobri numa livraria qualquer, capa verde, sem muitas atrações.
Então folheei o livro, li a contracapa, as fotos, a editora – Cia das Letras –
é boa! – li o título e fiquei intrigada: México, e finalmente o autor: Erico
Veríssimo. Uau, em um mês é o segundo livro do México que me cai nas mãos, e
esse...
Pois é, lá
pelas tantas Erico diz o seguinte: ...“E aqui nós vamos por entre relíquias, já
com essa pressa cretina do turista profissional que não visita os lugares
porque deseje realmente vê-los, mas sim porque quer ter o direito de mais tarde
dizer aos outros e a si mesmo que os viu.”...
Pois bem, foi
o que fiz, sem pressa, com tempo para conversar com os vendedores de cocos,
motoristas, tratadores dos animas, senhoras nas filas e outros turistas, aliás,
muita gente boa.
Fiquei, como
sabem, num albergue ou hostel. Adoro como as relações se estabelecem nesses
lugares. Os hotéis normalmente são meio sem identidade. Para o trabalho tudo
bem, mas férias...
O Hostel
Paudimar Campestre, o nome esquisito é a junção do nome dos três irmãos. Fica
na estrada das Cataratas, mas lembra que tem o ônibus alimentador, então, a pé,
daria uns vinte minutos de caminhada da faixa até o hostel.
Os demais hotéis, com várias
estrelas ficam ali mesmo, na beira da estrada ou no centro, acho que eu não
iria gostar.
Tinham as cabanas, piscina, café
da manhã, cozinha comunitária, restaurante, bar e guia turístico, que tal? Como
era a sede campestre, tinha muito verde, flores e pássaros.
Este é o meu hostel
No primeiro dia estava lá, eu,
nadando na piscina lá pelas onze horas das noite e, no céu, aquela lua
crescente com todas as estrelas que cabiam naquele espaço. Isso eu queria pra
todos os dias, água e estrelas.
Tinha até um povo que veio em
procissão do Acre e iria até o Rio Grande do Sul, passaram por bonito, Foz e
iriam até Gramado. Cada um tem a procissão que merece, não é? Além de tudo,
estavam em um ônibus e davam carona para todos que pediam, inclusive eu, é
claro.
Além de tudo,
também fui pro Paraguai. Não conheço o Paraguai, mas esta parte é degradante.
Realmente não gostei, mas faz parte da viagem, né?
Em Foz
também tem um orquidário de tirar o fôlego!
Isso tudo é para a Dalvinha apreciar
Ainda falta: Cataratas
– Brasil Argentina, Parque
das Aves, Rapel e Paraquedas