quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Maranhão


10 de Janeiro 2011

Cheguei em São Luis dia 10 de janeiro. Esqueci que aqui não tem horário de verão, estava sempre1 hora atrasada. Resolvi arrumar o relógio até porque, quando voltar pro sul o horário de verão se foi (eu acho ...).
Sai de POA no aeroporto Salgado Filho, desta vez terminal 2. Que será isso? Pessoa desinformada eu. Isso é o antigo Salgado.
Sabe quando o salgado é demais? Pois é, nem pãozinho de queijo pra um lanche, muito menos uma banca de jornal. Um muquifo!
Cheguei em SLZ. O aeroporto não é muito diferente daquele “terminal 2”. Peguei minha mochila e sai bela e faceira. Poderia ter pego mais umas duas ou três, ou terem levado a minha. Não existe controle algum. A desculpa é a mesma do “terminal2” - obras. Num determinado horário não chega avião e noutro, chegam todos ao mesmo tempo!!!
Saí de lá rapidinho e fui pegar um TX , e, como chegam todos os voos juntos, chegam todos os passageiros também – e todos também querem um TX. Nem preciso contar aqui quanto tempo fiquei na fila...
Mas cheguei ao Centro Histórico. É lindo e triste. Algumas casas só tem a fachada, outras estão abandonadas e noutras funciona um comercio típico de rua. Ou turistas, ou povo daqui – tô falando de povo, povão – classe popular mesmo!
É óbvio que eles não tem grana pra restaurar e nem para manter as casas. E tá tudo tombado ... e tombando. Mas são de uma beleza ímpar.
O hostel Solar da Pedras é interessante, bonitinho.
Só tem um cheirinho de mofo, coisa pouca. Aliás, todo o Centro Histórico tem este cheiro. E eu, ex-fumante, que sente em dobro qualquer cheiro, sofro. Mas quer saber? Tô de férias e quero curtir tudo de bom que tem por aqui! É claro queridas amigas, principalmente Sil Ávila e Aline Rosa: comprei um baygon que eu tenho um sangue bem docinho e a mosquitana me adora. Desculpa ai meninas pelo furo na camada de ozônio...

Hostel Solar das Pedras

entrada e sqla do café



rua do hostel


São Luis do Maranhão





11 de Janeiro 2011


Olha só o nome da cidade. É pequena, bem cuidada, povo simpático e muito dado. Tem a igreja, a praça e um enorme monumento a São José do Ribamar, padroeiro do Maranhão. Na parte de baixo deste monumento tem o Museu dos Ex-votos que pra quem não sabia, como eu, significa promessa feita, promessa cumprida, portanto ex.
Pegamos uma micro e fomos até a cidade. De SL até lá dá uns 40 minutos. A estrada é muito bonita em alguns trechos,mas em outros ... é como nos estados do norte, um dia teremos a estrada e dos dois lados paredões enormes cercando as propriedades. Nesta região tão bonita teríamos: asfalto+terra+paredões, de uma cidade a outra.

monumento ao padroeiro do Maranhão


São José do Ribamar




No hostel, como era de se esperar, encontrei um montão de gurias bem legais. Muitas de São Paulo e tem também de Natal.
Passei o dia com duas, visitamos Ribamar e a noitinha, saímos em cinco pra um barzinho ao ar livre, numa praça. Aliás, um monte de bares no mercado “feira da praia grande”, com música ao vivo. Chorinho, Lupicínio Rodrigues, Cartola, Paulinho da Viola e por ai vai, uma delícia.
Daí papo vai, papo vem, mudança de roteiro, afinal o vento vive mudando de direção. Amanhã, quarta, 12, vou com duas companheiras de albergue pra Alcântara. É uma cidade histórica e que tem um doce muito especial: o “doce de espécie”. Tem esse nome porque antigamente o coco era uma especiaria então. No dia seguinte vou pra Barreirinhas, próximo aos lençóis. Daí sigo, de cidade em cidade, passando o rio Preguiça, pelo delta do rio Parnaíba e chegando, dia 17 a Jericoacoara – ufa!
Ainda em SL: Uma coisa interessantíssima, que eu tinha ouvido falar, mas nunca visto é a vazante. As águas cedem espaço para a lama e isso é muito extenso. Os barcos no cais ficam literalmente atolados enquanto a maré está baixa (pra mim a maré se foi). Sobe aos poucos e é incrível de ver.
Outra é esta feira da praia grande, que na verdade é um mercado que ocupa um quarteirão inteiro, com formato circular no centro. É a antiga “casa das tulhas”, um celeiro de mercadorias.
São Luis é muito bonita e o povo também. É claro, tem problemas como toda cidade: assaltos, drogas, bebida, e por ai vai. Isso tuso somado ao descuido da prefeitura com o povo daqui e com o “patrimônio da humanidade”, material e imaterial. Mas vale muito a viagem.
Nesta terra tem o doce de espécie, arroz de cuxá, que dizem, dá pra se lambuzar e azulejos, muitos e belos. Ainda não tomei o guaraná jesus, mas vou. Tem lá no Pará também.

maré

feira da praia grande

doce de espécie na feira da praia grande

3 comentários:

  1. Malu,

    Belas fotos, relato precioso e delicioso como o doce de espécie. Pelo visto, já tá enturmada e curtindo a valer. Beijos,
    Bambadinca

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  2. Malu...
    maravilhoso viajar "contigo" dnovo!!!
    Aproveita muuuito!!!
    Aqui estamos curtindo o calor de Poa e cada "aguaceiro"...q nem lembra a tal vazante.
    Milhões de bjs!
    Bons ventos!
    Adri

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  3. Oi, tem como o táxi deixar na porta do hostel? Ou a pessoa tem que caminhar algum trecho para chegar ao hostel? Obg.

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