terça-feira, 3 de setembro de 2013

Lisboa, Portugal


Sou um guardador de rebanhos.
O rebanho é os meus pensamentos
E os meus pensamentos são todos sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca.

Pensar numa flor é vê-la e cheirá-la
E comer um fruto é saber-lhe o sentido.

Por isso quando num dia de calor
Me sinto triste de gozá-lo tanto,
E me deito ao comprido na erva,
E fecho os olhos quentes,
Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,
Sei da verdade e sou feliz.

Alberto Caeiro

Lisboa, Portugal

Saudades... É essa a lembrança que trago de Lisboa. Aliás, quando cheguei por lá, já estava com saudade do que não tinha visto ou vivido e, depois de ver e viver, a saudade só aumentou. Isso posto e somente pode ser apresentado assim porque pelas bandas de Lisboa teve mil homens em um só, que fazia esse não conhecer conhecido e vivido. Meu querido e grande poeta e seus heterônimos: Fernando Pessoa.
Lisboa - vista do Castelo de São Jorge
Praça do Comércio
Pois então, não somente de Camões vive Lisboa - isso é motivo de orgulho e eu me afundei de arrepio quando, ao visitar o Mosteiro dos Jerónimos em Belém, me deparo com um monumento a Fernando Pessoa junto ao seu tumulo. 

Lisboa é uma linda cidade, limpa, com seus inúmeros monumentos espalhados por todos os lados, não apenas no centro histórico. É claro que lá há uma concentração maior, mas o mais interessante é que, por qualquer lado que vá, tem algum monumento erguido em homenagem a algo ou alguém. E o mais incrível é que tudo se reorganizou após o terremoto de 1755, que acabou com uma parte importante da cidade, sendo então reestruturada por Marquês de Pombal com seu “plano diretor” levando a cidade a uma nova vitalidade e esplendor.
Uma bebida tradicional
Linda Lisboa
Desse terremoto só se salvaram o Bairro Alto e Alfama, juntamente com o Castelo de São Jorge e o que sobrou de Mouraria e a Madragoa compõem o que se chama de parte antiga de Lisboa. Alguns bairros antigos ainda refletem o modelo de urbanismo da época da ocupação árabe. Após a reconquista de Lisboa por D. Afonso Henriques em 1147, instituem-se as chamadas mourarias, passando a haver mouros forros ou livres. As mourarias designavam-se como sendo bairros situados nos arredores das povoações, administradas por um alcaide e onde habitavam exclusivamente mouros e islamitas, obedecendo a regras muito particulares.
 casas
 Castelo de São Jorge
 caramanchões por todo o lado
Lisboa
Alfama conserva ainda os traços característicos da Lisboa muçulmana, com as suas ruelas íngremes, as ruas tortuosas, as escadarias, os pátios e os becos escondidos. Este bairro histórico mantém o perfil daquela época, e as suas tradições são vividas fortemente pelos seus habitantes. E é por ai que acontece o fado nas noites lisboetas.


Ao desconcerto do Mundo

Os bons vi sempre passar
No Mundo grandes tormentos;
E pera mais me espantar,
Os maus vi sempre nadar
Em mar de contentamentos.
Cuidando alcançar assim
O bem tão mal ordenado,
Fui mau, mas fui castigado:
Assim que, só pera mim,
Anda o Mundo concertado.

Mudam-se os tempos,
mudam-se as vontades

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

Luís de Camões
Camões
De onde eu estava hospedada era necessário sempre passar, a pé ou de autocarro (ônibus), pela Praça Marquês de Pombal. Imponente, ampla e de onde saiam autocarros de passeio por Lisboa. Ali são duas empresas, com os ônibus pintados de vermelho. São ruins, os melhores são da Carris, empresa do governo e pintados de amarelo.
Praça Marquês de Pombal
Fiquei no Hotel América Diamons, em Picoas, próximo a Praça Marquês de Pombal e ao lado de uma estação do metro, com várias paradas para os autocarros. Um bom hotel com banheira para meus finais de dia. Atendimento impecável.
Parada em Picoas
Avenida da Liberdade
Da Praça, seguia em direção à Avenida da Liberdade. Linda e recheada de lojas de grifes, completamente proibitivas ainda mais o euro estando nas nuvens como está. 
 Avenida da Liberdade
Avenida da Liberdade
Em alguns dias funciona um brique com vendedores de antiguidades em suas banquinhas, como acontece na Redenção em Porto Alegre. Esta feirinha fica apenas em uma das enormes calçadas da avenida protegida pelas folhas dos plátanos que mudam de cor de acordo com a incidência do sol e da brisa.
 ruas de Lisboa
 Praça de D. Pedro IV e, ao fundo Teatro D. Maria II
Lisboa lembra um brinquedo que tive quando criança, uma espécie de peças para montar, de madeira crua, cada uma com riscos em alto relevo, nas cores vermelho, azul ou verde imitando casas, pontes e prédios.
ruas de Lisboa
 Restauradores
Restauradores
Nos Restauradores, que recebe este nome para comemorar a restauração em 1640 da Independência de Portugal de Espanha encontram-se variado comércio e restaurantes. Faz a ligação da Baixa com a Praça Marques do Pombal.
  ruas de Lisboa
  ruas de Lisboa
 Rossio
Baixa e Chiado - zona histórica, cheia de comércio e de vida agitada. Prédios de escritórios e de comércio, ao lado de museus, monumentos e atrações, esculturas em memória de reis e governantes do país como a estátua de D. José I e o monumento a D. Pedro IV, teatros, cafés e pastelarias de requinte como A Brasileira e Nicola.
 Estação do Rossio
Rossio - estátua de D. Pedro IV e, ao fundo, Teatro D. Maria II
“A Praça de D. Pedro IV (no Brasil Dom Pedro I), é uma praça da Baixa de Lisboa, mais conhecida pelo seu antigo nome de Rossio e antes Rocio, tem constituído o centro nevrálgico da cidade. No período romano aqui existiu um hipódromo. Esta zona baixa da cidade, antes do século XII, era navegável. Era chamada Valverde, devido a um afluente do rio Tejo. O Rossio foi coberto ainda na Lisboa de quatrocentos. Era uma praça irregularmente esguelhada mas foi sempre um espaço amplo onde se realizavam feiras e mercados. Teve touradas, festivais, feiras, paradas militares, revoluções populares e também a autos-de-fé durante a Inquisição.”
 Teatro D. Maria II
Rossio
“O Teatro Nacional D. Maria II, localizado na Praça de D. Pedro IV, abriu as suas portas em 1846, durante as comemorações do 27.º aniversário de D. Maria II. O local escolhido para instalar o definitivo Teatro Nacional foram os escombros da antiga sede da Inquisição e que fora sido destruído por um incêndio.”

“Pode-se fazer o percurso das Colinas de elétrico, a partir da Praça do Comércio e Praça da Figueira. 
 Elevador de Santa Justa
Vista do Elevador de Santa Justa e, ao fundo, Castelo de São Jorge

Ainda na Baixa, vale a pena subir o Elevador de Santa Justa, construído por um discípulo de Eiffel e liga a Baixa ao Bairro Alto. Abriu em 1902, altura em que funcionava a vapor, e em 1907 começou a trabalhar a energia eléctrica, sendo o único elevador vertical em Lisboa a prestar um serviço público. Feito inteiramente de ferro fundido e enriquecido com trabalhos em filigrana, o elevador dentro da torre sobe 45 metros e leva 45 pessoas em cada cabine (existem duas). O café no topo conta com vistas magníficas sobre o centro de Lisboa e o Rio Tejo. Ao lado fica a Igreja do Carmo.”
 Elevador de Santa Justa
 Elevador de Santa Justa
Elevador de Santa Justa

O Elevador de Santa Justa é um transporte público da era da arquitetura do ferro, subindo da Rua de Santa Justa, na Baixa, ao Largo do Carmo onde encontramos a igreja e o quartel do Carmo, protagonista da Revolução dos Cravos de 1974, além de dar a acesso ao Chiado. No elevador tem cartazes mostrando que é necessário se cuidar com as “mãos leves” que entram dentro das bolsas e mochilas dos turistas.
Quartel do Carmo 
 Largo do Carmo
Vista de Lisboa do Elevador de Santa Justa 
Elevador de Santa Justa

Mas a melhor comidinha caseira que encontrei, inclusive com uma provinha do “feijão de arroz” foi no restaurante “Casa das Bifanas” na Praça das Figueiras: lulas na grelha e um copo (sim daqueles de boteco) servido aos borbotões com vinho da casa. A cada pedido recebia um tapinha nas costas anunciando que não demoraria. Depois do café, novo tapinha, isso sem falar quando solicitei a conta. Esse restaurante lembra um pouco o antigo Bar Naval, no Mercado Público em Porto Alegre, desde a forma chegada do garçom, incluindo aí a comida. A conta foi de 7,90, bem mais em conta do que os restaurantes para turistas espalhados por Lisboa.
 Praça das Figueiras
 Praça das Figueiras

Desta Praça é possível ver o Castelo de São Jorge de um ângulo bem interessante.
Da Praça das Figueiras peguei um “elétrico” (bonde) daqueles bem antigo s e pequenos e me fui para Belém.

O transporte em Lisboa é super organizado e avisam, por meio eletrônico e oral as paradas em que estamos, se perder nem pensar! Trem é chamam de comboio, ônibus é autocarro, metrô é chamado metro e o bonde chama-se eléctrico. Além disso tem o Aerobus que transporta os passageiros do aeroporto até as esquinas dos principais hotéis da cidade, com espaço especial para as malas. E também o Lisboa Card que se compra por 24hs até 36hs e, além de poder usar o transporte da carris (eléctrico, autocarro, metro, elevadores), ainda tem desconto e/ou isenção nas taxas de museus, monumentos, exposições, etc. Até no passeio que fiz sobre o rio Tejo tive desconto.
 Estação de Picoas
Estação do Cais Sodré

Isso sem se falar das estações de metro, fora a da Praça Marquês de Pombal, que é suja e dá medo de entrar, as demais – as que conheci – são literalmente umas pinturas com acabamentos muitas vezes com azulejos com pinturas contemporâneas.

Para ir até Belém, uma região de Lisboa, paguei com meu Lisboa Card. Peguei o eléctrico número 15 e me fui sacolejando pelos trilhos da bela cidade. O caminho para lá é interessante porque entra-se em regiões da cidade bem diferentes das que já havia visto. Tem toda uma construção para a Expo 98 e é hoje conhecida como Parque das Nações, a Ponte Vasco da Gama, o Oceanário, os Pavilhões da Realidade Virtual e o do Conhecimento e o teleférico.
Parque das Nações

Chegando em Belém, ao descer do bonde é difícil conter a respiração. A sua frente o Mosteiro dos Jerônimos. Imponente prédio que em 1907 foi declarado Monumento Nacional e em 1984 foi classificado “Património Cultural de toda a Humanidade” pela UNESCO.
Mosteiro dos Jerônimos 
Eu com Fernando Pessoa no Mosteiro dos Jerônimos 

”Mosteiro dos Jerónimos é um mosteiro manuelino, testemunho monumental da riqueza dos Descobrimentos portugueses. Situa-se em Belém, Lisboa, à entrada do Rio Tejo. Constitui o ponto mais alto da arquitetura manuelina e o mais notável conjunto monástico do século XVI em Portugal e uma das principais igrejas-salão da Europa. Encomendado pelo rei D. Manuel I, pouco depois de Vasco da Gama ter regressado da sua viagem à Índia, foi financiado em grande parte pelos lucros do comércio de especiarias.”

 Mosteiro dos Jerônimos 
Mosteiro dos Jerônimos 

No Mosteiro dos Jerônimos encontram-se os túmulos de Vasco da Gama, Luís Vaz de Camões, Alexandre Herculano e Fernando Pessoa. Além destes, encontram-se também os túmulos dos reis D. Manuel I e sua mulher, D. Maria, D. João III e sua mulher D. Catarina, D. Sebastião e D. Henrique. 
 Mosteiro dos Jerônimos 
Belém, ao fundo a Torre

A Torre de Belém foi construída na era das Descobertas, quando a defena da cidade era de extrema importância, construção militar que guardava a entrada do Tejo. Hoje é classificado pela Unesco como Património da Humanidade.
MaluQuete na Torre de Belém

Torre de Belém

Foto copiada da parede da Padaria de Belém - A Torre de Belém e o avião a fazer a primeira travessia aérea do Atlântico Sul em 1922

Padrão dos Descobrimentos

 Torre de Belém na maré baixa

“O Padrão dos Descobrimentos foi inaugurado em 1960, aquando das celebrações dos 500 anos da morte do Infante D. Henrique (Henrique O Navegador). Evoca claramente a expansão marítima e foi desenhado na forma de uma caravela, liderada pelo Infante D. Henrique - que segura numa mão uma pequena caravela -, seguido de muitos outros heróis da história portuguesa como Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral - que descobriu o Brasil - Fernão Magalhães - que atravessou o Pacífico em 1520 -, o escritor Camões e muitos outros. O acesso é feito pelo elevador situado dentro do edifício”
Padrão dos Descobrimentos

Pode comer pastéis de nata em muitos cafés, mas nenhum terá o sabor do original, Pastel de Belém diretamente da fábrica que conta com os painéis de azulejos nas cinco salas abertas ao público, especialmente quando ainda vem quentinho e é servido com açúcar em pó e canela. 
 Padaria Pastéis de Belém com sua interminável fila - mas vale apena

Padaria Pastéis de Belém

O Castelo de São Jorge, situado na colina mais alta do centro histórico, foi originalmente conhecido simplesmente como Castelo dos Mouros. A cidadela do Castelo de São Jorge é um belo local para se contemplar a longa história de Lisboa. O local foi ocupado pelos Romanos, Visigodos e Mouros antes de ser transformado no Palácio Real por volta do século XIV. Pode-se subir às torres, caminhar pelas muralhas do castelo e admirar a vista sobre a cidade e o rio Tejo. É só pegar o eléctrico número 12 ou o autocarro número 37.

 Castelo de São Jorge

Castelo de São Jorge

Castelo de São Jorge

Além de Lisboa, fiz alguns passeios em outros sítios como Sintra, Caiscais, Estoril e Óbidos, no mais me perdi nas ruas e cafés da capital lusitana.
Em Sintra, além do belíssimo Palácio da Pena e da surreal Quinta da Regaleira, fui até a Casa Piriquita comer as suculentas queijadinhas feitas de massa folheada recheadas com uma mistura de queijo fresco, açúcar, farinha e canela e o dulcíssimo travesseiro com massa leve, enrolada e dobrada sete vezes, recheado com creme de gema e amêndoa levemente polvilhado com açúcar.

  sala de jantar - Palácio da Pena

Casa Piriquita 

O Palácio da Pena é cheio de cúpulas e portões mouriscos e fica dentro do Parque da Pena e é fantástico andar por seus corredores em busca dos aposentos repletos de móveis desenhados por Eiffel.
 Palácio da Pena e Malu
 Palácio da Pena

 Palácio da Pena

 Palácio da Pena


A Quinta da Regaleira é pura magia, parece que entramos em outro mundo. Foi concebida por Luigi Manini, um cenógrafo italiano de ópera a pedido de Carvalho Monteiro, magnata do café no Brasil e que por outros motivos não podia retornar, construindo então sua Quinta sobre prédios já existentes, modificando-os. Os jardins são intensos, assim como fontes, grutas, lagos e cavernas, uma delas com uma porta giratória de pedra que dá acesso ao Poço Iniciático. Cheio se símbolos mitológicos, Templários, Mouros e Maçons. 
Quinta da Regaleira 

 Quinta da Regaleira - fundo do Poço

 Quinta da Regaleira 

Quinta da Regaleira 

Também conheci o Cabo da Rota, perto de Caiscais, o ponto mais ocidental da Europa onde encontra-se um farol. Feito isso, já conheci a Ponta do Seixas, o ponto mais oriental das Américas, agora Cabo da Rota, faltando então ver na África, qual o ponto mais ocidental. Depois, geograficamente pensando, posso me deter em outros mares,,,
 Cabo da Rota - ponto mais ocidental da Europa

Caiscais ao fundo

Em Óbidos me deparei com uma cidade medieval cercada por muralhas e seu castelo. Subi na muralha dentada que dá um medo enorme pois não tem murada de um lado e é super alto. Os preços são completamente proibitivos. Vale a pena visitar a capela transformada em livraria e o mercado em sebo de livros, cds e conta também com a venda de frutas e legumes.
muralha dentada - Óbidos

Óbidos - mercado de sebo de livros, cds e de frutas e legumes

 Óbidos

Óbidos - capela transformada em livraria 

Óbidos

Ver Lisboa de outro ângulo é também fundamental. Imagine-se em uma caravela retornando do outro lado do oceano. Aliás me senti bem estranhamente feliz ao pensar isso. Assim como quando estive no Equador e a primeira entrada no Pacífico, a primeira vez que entro no rio Negro, na Amazônia e, agora o outro lado do Atlântico. Tudo é uma festa e dá um friozinho na barriga ao pensar que nunca havia me imaginado fazendo isso. É realmente maravilhoso.
Lisboa vista do Tejo

Ser Poeta
 
Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Áquem e de Além Dor!
 
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
 
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!
 
E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
 
Florbela Espanca


Então, minha despedida de Lisboa foi um cruzeiro pelo Tejo. Como cheguei cedo, depois de três metros até o Cais Sodré, fui visitar o Mercado de Artesanato, Peixes e Flores e também local dos Bailes da região. Aliás, os bailes tem uma série de regras que devam ser cumpridas a risca, desde como usar a camisa e passar a mão na cintura da rapariga.

Mercado de Artesanato, Peixes e Flores e local dos Bailes - parte dos bailes
 Mercado de Artesanato, Peixes e Flores e local dos Bailes

Rio Tejo

Praça do Comércio vista do Rio Tejo

Eu ainda volto à Portugal!